terça-feira, 27 de maio de 2014

Sonhei que você acreditava que as coisas que eu te dizia também eram da maior importância e a gente vivia feliz sem grandes exigências.
Um velho cego joga sementes na estrada
As pessoas buzinam dos carros e gritam:
- Velho caduco, vai provocar um acidente.
Semanas depois as mesmas pessoas admiram:
- Que lindas essas flores.

A primavera dos amores perdidos.

É, parece que acabou,
Assim mesmo sem despedidas,
Sem choro, nem dor.

Encontros desmarcados,
Convites negados,
Boas desculpas para sustentar a ausência.

Que sejam todas verdadeiras,
Nenhuma delas vai me calar
Ou me deixar dizer o que já disse...

Mil vezes, de várias maneiras,
Até como não pude
Para tudo terminar assim.

Tanto te quis que de mim esqueci,
Adormeci com fome.
Meu peito nem sangra mais.

Não tenho raiva, ódio, pena, nada
Mas me resta ainda um carinho enorme
E uma dúvida imensa que ninguém responde

É engraçado essa coisa de gostar de alguém,
De demorar a perceber que se apaixonou,
De se deixar perder, de se deixar encontrar.

Parece que chegamos.
No meio da curva desenhamos um ponto final.
Os horizontes se abrem à nossa volta.

É primavera, meu bem,
Hoje chuviscou o dia todo,
Em breve florescerá de novo.