domingo, 12 de janeiro de 2014

Why so insone?


A madrugada pende para um lado da mente que só quem insoneia sabe do que estou a falar.
Os olhos embaçam, as costas doem, as horas passam, e ela continua lá, inexorável companhia.
Talvez seja uma boa amiga, mas a maioria diz que não, que não fomos feitos para dormir de dia.
E continuo a sina de pensar mil vezes no mundo antes que ele complete mais uma volta em torno de si.
Sete bilhões de pessoas a respirar, umas menos, outras mais... e eu aqui acordada pensando na vida, pensando na morte, eu seus contornos, em seus desgostos, em suas alucinações.
A madrugada desperta vontades desconhecidas, desejos inusitados, pensamentos imprevisíveis.
Gosto do que ela me propõe. E mostro o que de indecente sussura ao meu ouvido, o que de bonito ela poetiza, o que de triste ela chora, o que de bobo ela ri. 
E além de não ser só minha, sei que não vai perder tão cedo essa mania de vir me visitar em horários impróprios com seus assuntos mais variados.

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