domingo, 9 de maio de 2010

Anamorfoses (Sobre Embaixadores, Hans Holblen)


Fragmentários de outros tempos noutros cantos,
Desiludidos em campanhas de utopias;
Comerciários de outras vidas, nenhum santo,
No submundo da representação.

Futilidades “pompeadas” bem no centro
Cientistas cantadores de ilusões
Embaixadores, cores de uma nova era
Desfigurados pela transfiguração.

A importância que se dá já não se espera
Está na cara e teimamos em não ver
Dentre as riquezas, melodias, teoremas
Pobres coitados destinados a morrer

O objeto olha de volta pra você
Observando o que se passa no sujeito
Que é forçado a mudar de posição
Oh! Desertores da história do prazer

(Ana Míria Carinhanha)

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