segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Correr

Na minha cidade tinha um garoto que corria
porque sabia o trabalho que dava parar e começar de novo.
Ia sempre no embalo
E tinha medo de ter que parar.
Não gostava do impulso inicial,
Desprendia muita energia,
Cansava.
Preferia correr sem ter que parar
E aproveitar essa energia para estar sempre mais longe
Do começo.
Percebi que fugia
E que não importava o onde, o de, nem o para,
Importava o como
E tinha que ser correndo.
Fugia da forma, da fôrma.
Queriam que ele andasse, que ele parasse, que ele dormisse,
Mas ele queria ser livre,
E o era correndo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário