A vida pede coragem
E eu tenho medo
Dei tudo de mim
E as incertezas me engolem famintas.
O corpo cansado,
Doente na cama
Está mais disposto
Que a alma vazia
Cheia de solidão.
Para onde foram as crianças,
Os sonhos,
As lembranças que me faziam sorrir?
Transitei pela rua ontem a noite,
Vi a desesperança
De quem nem se atreve ao desespero.
Pelas ruas virando latas
Com as mãos sujas de lamento
E suadas do abandono.
Porto, cais, rebento
Carentes de boticários
Para cuidar-lhes do corpo,
Da alma, da mente.
Brota teimosa a semente,
Sem nutriente que lhe permita crescer
Sem beleza, sem saúde,
Sem vigor,
Teimando com a vida.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
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