domingo, 11 de novembro de 2012

Achados e perdidos

Saio,
Se te encontro, 
Não sei se volto.
Pleno descontrole... 
É o que habita meus dias, 
Meus sonhos,
Minha pele.
Seu toque, 
Seu echarpe na cabeceira da minha cama não me deixam dormir. 
Sinto o seu cheiro a me penetrar madrugada a fora 
E, por fim, acordo cansada,
Inebriada de ti, 
Com vontade de repetir o seu nome no diminutivo, 
Várias vezes.
Cansar a língua enquanto os lábios descansam, 
Grandes, pequenos, 
São todos poucos os sorrisos que guardo para ti. 
E seu peito me acolhe tão bem, moreno. 
Me aconchego tão fácil que penso ser meu 
O homem que se faz menino. 
Suspiro sem querer,
Profundo. 
Todo o cuidado dado 
Quando estou do seu lado 
Me faz refletir:
Tão atrevida a vida. 
Perdi, menino, 
Perdi o controle sobre mim 
E temo que você o encontre.

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