terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ilusões de palhaço

Trago no peito um afeto
Desses de sujeito malino,
Que vive bulindo nas coisas,
Inventando arte,
Mexendo no que não é da sua conta.

Vira e mexe encontro coisas valiosas,
Das quais custo me desapegar,
Abraços longos,
Beijos roubados,
Sorrisos banguelas.

Vez em quando me sobram perguntas,
As quais não sei responder.
Não por questão de dicionário,
Tampouco de conhecimentos gerais,
Perguntas infantis, quase banais,
Do tipo que se faz pensar, mas não se deixa responder.
E a criança me olha, insiste:
- Como você faz para não ficar triste?

Jamais direi que estaria a fingir,
Destruir o sonho de uma criança
Que acredita nos palhaços?
Nunca!
Gargalho sem parar enquanto ela escuta...
Ainda bem que memória de criança é curta.

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