segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Des(se)encontro

Desse encontro eu tiro o "se"
Resta do desencontro. 
Mas o "se" fala do que não foi
E tendo em vista o que é,
Salvemos o encontro!
Esqueçamos o prefixo...

Parece que nos encontramos. Se eu vou sentir a sua falta? É tão óbvio quanto as lágrimas que derramei na noite de ontem. Chorei nos ombros de um amigo, pedi colo, tive medo do escuro. E foi culpa do medo... tanto medo eu tive que não disse tudo que quis. Vai ficar subentendido em cada abraço estendido, em cada carinho doado, em cada beijo guardado, em cada olhar que se desvia ao chão, abatido, prevendo o dia da sua partida e ansiando o dia do reencontro. Você me impede de falar disso... queria que pudesse me impedir de pensar nisso também. Economizaria meus dias, recoloriria meus dias.
Olhando a neve pela janela, pensei: a gente não faz sentido!
Pela primeira vez eu vi a neve, fazia muito frio... e mais uma vez senti o coração confuso, o peito vazio. É muito estranho, parece mentira. Mas é também muita paz isso tudo de você me traz. E cada carinho que você me faz, minhas angústias desfaz. Seu olhar doce, seu cheiro de ternura... quase um "blague" dos céus: te ter e não te ter; quase te conhecer e ter a sensação que se conhece a vida inteira; pensar em perder e querer ganhar todo dia.
É loucura falar em nostalgia. Não sei explicar, as palavras são fugidias. É querer discutir com o tempo por um tempo que ele não se deu. Foi de repente, foi pouco, mas foi suficiente. Sei que te amo e sei que é para sempre.
Um salve ao encontro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário