quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O eu que pulsa

Trago o tempo com ervas finas,
De dentro da boca saem tufões,
Redemoinhos longos de fumaça em dispersão

Assopro
[fuhhhhh...]

Respiro
Lenta

Olhos fechados, sentidos apurados,
O coração que pulsa,
Os músculos do meu rosto,
Meu suor,
O som da minha respiração,
Os fragmentos que me compõem.

Os músculos do meu suor,
O som do meu rosto,
Os fragmentos do meu coração,
O eu que pulsa.

Sinto-me transitória ao compreender-me viva
E o inverso também me identifica

Eis-me parte transmutada em todo,
onda na rebentação.


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