sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desenredo

Num burgo antigo do medievo.
Colheu flores e promessas.
Fez a barba, saiu cedo.
E desceu a ladeira com pressa.

Fez sorrir os lábios secos.
Das donzelas mais recalcadas.
Levou muitas para os becos.
Deixando-as bem ouriçadas.

Vestiu terno branco de linho
Despertou muitas paixões
E entre os copos de vinho
Colecionava corações.

Nem vassalo nem suserano
Fundou sua própria cidade
Não estava nos seus planos
Relegar a mocidade

Garanhão, quem por ti zela?
Findou sujo e sem carinho
Deixou raparigas e donzelas
Chorando pelo caminho

Fez sucesso o varão,
Nas vielas mais assombrosas.
Mas restou-lhe a solidão
Não o acompanharam nem as mais fogosas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário