sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu, andarilho.

Quixote e o moinho,
Robinson e a solidão,
O amor e eu.
Nada além das borboletas que não me visitaram nesse verão.

Ofereço o corpo à tempestade,
A vontade à deserção.
A mente ao abandono,
A luz à escuridão.

Rompe madrugada certeira,
Estranha harmonia.
Ourubos...
São os lábios da nostalgia.

Beijaram-me essa noite.
O copo vazio ao lado da cama,
A brisa calma pela janela,
O silêncio do quarto.

O corpo vazio em cima da cama
Brincando de lembrar por querer esquecer
Não adiantou a bebida,
Não adiantou a TV.

Corre, esperança.
Diz que não perdemos o trem.
Que saiu de manhazinha,
Na hora em que eu peguei no sono.

Nenhum comentário:

Postar um comentário