Quixote e o moinho,
Robinson e a solidão,
O amor e eu.
Nada além das borboletas que não me visitaram nesse verão.
Ofereço o corpo à tempestade,
A vontade à deserção.
A mente ao abandono,
A luz à escuridão.
Rompe madrugada certeira,
Estranha harmonia.
Ourubos...
São os lábios da nostalgia.
Beijaram-me essa noite.
O copo vazio ao lado da cama,
A brisa calma pela janela,
O silêncio do quarto.
O corpo vazio em cima da cama
Brincando de lembrar por querer esquecer
Não adiantou a bebida,
Não adiantou a TV.
Corre, esperança.
Diz que não perdemos o trem.
Que saiu de manhazinha,
Na hora em que eu peguei no sono.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
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