quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Entre nados e vôos.

Hoje acordei olhando o espinho que tinha por entre as suas asas e que eu ajudei a tirar.
Foi intrigante encarar algo que no passado me fazia sofrer porque te impedia de voar
E que agora me faz triste porque sei que voarás para longe.
Não sei se é egoísmo ou só o medo de te perder,
Mas qualquer distância é pequena quando te vejo drapejar o firmamento.
Continuo te olhando daqui,
Te amando.
E adoro ver como você corta os ventos,
A maneira como você se arrisca nas manobras,
Tenho uma felicidade imensa em ver suas aterrissagens imperfeitas,
E mais ainda em ver quando você arremete brilhante como uma estrela que busca o seu lugar no céu
E depois se inconforma pensando que é uma estrela do mar,
E volta, mergulha,
Desafia as leis da física,
Voando os oceanos,
Flutuando por sob as águas,
Como um peixe que voa desavisado, teimoso,
E sei que ninguém vai convencê-lo de que não tem asas.
Ele nada e isso é tudo,
Inclusive voar.

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