A dor,
A perda,
O choro,
Não ter alguém do seu lado,
Ouvir o mundo rosnar,
E ter medo até de gritar,
Sem saber o que pode te engolir.
Faz tempo que não me sinto assim,
Ter duas pernas sadias e faltar algo para caminhar,
Tudo além das paredes do quarto é um perigo,
Os entranhos, os conhecidos,
As lembraças e o que foi esquecido.
Tenha dó, por favor, tenha dó.
Fecho os olhos com força,
Ocupo o melhor espaço possível na cama,
Tudo dói,
As incertezas,
As correntezas,
As tempestades,
A fortaleza que o tempo levou.
Um filhote nu jogado às feras,
Não saber para onde correr me atropela,
E lá estou estagnada por entre dentes famintos,
Gritar não adianta,
Chorar não adianta,
Fugir é a única esperança.
Fuja de mim, insegurança.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
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