sábado, 25 de junho de 2011

Vaidade

Hoje alguns micrômetros de resina me impediram de sair de casa
Foram mais fortes que uma contenção no meu portão
Que algemas de aço em minhas mãos
Ou que a perda do molho de chaves.

Campo de força chamado vaidade
Temor da reação dos vulneráveis
Pânico da não reação dos vulneráveis
Metamorfoseei-me em um deles.

O mesmo infortúnio deixá-los-iam em casa também, eu sei
E talvez eu não dissesse nada,
ou dissesse...
Silêncio dos que notam e simulam não notar

Maldita tampa de caneta
Dentes frágeis
Micro falha estética
Mentes frágeis

Vou reabilitar meu sorriso
Alguns reais
Somados a alguns minutos
Pronto!

Como num passe de mágica
Amanhã acordo cedo
Tomo banho, escovo os dentes
E volto à banalidade.

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