Puristas de merda
Santificados em altares de títulos
Facilmente corruptíveis
Sacro monte de escritos
Fabricando ídolos por hierarquia
No império da perversão
Julga idiossincráticos
Meus sonhos de liberdade
E ri por definição.
Sua pedagogia está tão ultrapassada
Quanto os seus conceitos instituidores.
Fazem-me lembrar do nobel lobotômico.
Quando o respeito é temor
Quando a autoridade é opressão
Empobreces a estética que tanto julgas conhecer...
Talvez seja melhor eu não saber nada dela
Ganhar um novo umbigo a cada relincho teu
E continuar sendo uma mulher feliz.
Sou ridícula graças aos meus muitos umbigos
Que me permitem viajar em várias órbitas
Onde a sua arrogância não é o árbitro.
Lá pessoas riem por prazer, por felicidade.
As vestes são livres
E as canções, vivas.
Lá a estética é mais que um conceito bem definido por doutores
Escondidos atrás da sombra cavernosa dos seus olhos de vidro
E de seus hábitos pastéis bestificados
Lá o reino do indefinido transcende as gerações.
Criam o inaudível às suas membranas podres,
Castigadas pela sina da não renovação.
Lá a nossa paz é indizível ao seu humor de barro petrificado no tempo
E solúvel à primeira neblina mais ousada
Que doe vida a uma flor.
Suas palavras de homem sério e respeitado que machucam e entristecem
Carecem de revisão não epistemológica
Carecem de revisão de sentidos.
100 años
Há 2 meses