O sino e uma canção triste
Acompanham o meu silêncio,
Uma das minhas verdades.
Sinto que agora é tarde,
E a angústia me conforta,
Porque sei que estou sofrendo.
Os dias parecem iguais,
Mas não são.
E sei que não foram tempo perdido.
Os segundos já alcançaram as horas.
E tudo voltaria a ser como antes.
Tivesse havido tempo para renascer.
Só lágrimas não dizem a minha dor,
Elas apenas transparecem a minha luta.
E tenho fé no final, porque confio na estrada.
Meu espírito está calmo,
Sorrindo em paz.
Calmo, consolado.
Sei que virão as rosas
Sem espinhos.
Outrora superados.
Não é a dor que fica,
São as marcas do aprendizado.
Vão-se os medos, ficam as lembranças.
As perdas foram inevitáveis,
Dolorosas.
E até então inesquecíveis.
Minam atuais todos os dias,
Trazendo à vida a nostalgia
Dessa interminável saudade.
Não queria que tivesse sido assim,
Mas agradeço a força, a amizade.
E o aprendizado deixado pela dor:
Todas as pessoas são únicas, singulares.
Ninguém é substituível.
Mas todos têm um brilho que pode preencher o vazio da escuridão.
sábado, 6 de agosto de 2011
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