sábado, 6 de agosto de 2011

A hora das rosas

O sino e uma canção triste
Acompanham o meu silêncio,
Uma das minhas verdades.

Sinto que agora é tarde,
E a angústia me conforta,
Porque sei que estou sofrendo.

Os dias parecem iguais,
Mas não são.
E sei que não foram tempo perdido.

Os segundos já alcançaram as horas.
E tudo voltaria a ser como antes.
Tivesse havido tempo para renascer.

Só lágrimas não dizem a minha dor,
Elas apenas transparecem a minha luta.
E tenho fé no final, porque confio na estrada.

Meu espírito está calmo,
Sorrindo em paz.
Calmo, consolado.

Sei que virão as rosas
Sem espinhos.
Outrora superados.

Não é a dor que fica,
São as marcas do aprendizado.
Vão-se os medos, ficam as lembranças.

As perdas foram inevitáveis,
Dolorosas.
E até então inesquecíveis.

Minam atuais todos os dias,
Trazendo à vida a nostalgia
Dessa interminável saudade.

Não queria que tivesse sido assim,
Mas agradeço a força, a amizade.
E o aprendizado deixado pela dor:

Todas as pessoas são únicas, singulares.
Ninguém é substituível.
Mas todos têm um brilho que pode preencher o vazio da escuridão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário