sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Nomes próprios

Meu amor, que saudade é essa que me consome?
Estou quase mudando de nome.
Ia ficar engraçado eu assinando e as pessoas olhando para mim como se eu fosse uma pervertida...
Não iriam entender.

É sempre assim, parece sina.
Quando a gente se encontra,
Quando a gente se aproxima,
Vem o tempo e bota fogo no galão de gasolina.

É uma rotina que não me abandona,
Não deixa eu cultivar as minhas borboletas,
Sempre nessa ânsia de desencontro.
Pra quê tanta pressa, meu filho?

Augusto se foi outro dia?
E temo que em abril ele esteja em Amsterdã.
Fiz uma música no ano passado
E quero tê-la sempre como um mistério.

Desvendar é bom,
Mas a ignorância tem seus encantos.
Nem falo pela pureza,
Que não me apetece tanto quanto os miseráveis.

Tem gente que insiste: tem algo de errado!
Mas é tão sedutora a loucura,
O desconstruir, a tessitura,
Que a gente conserta, remenda, aperta...

Separa em bandas para colar de novo,
O brinquedo mole de tão usado,
Mas sempre bem quisto,
Ainda que quebrado.

É assim também meu coração desvirtuoso,
Bate gritando, bate calado, bate teimoso.
Mas não desiste de acreditar no amor.
... Assinado: Eu Preciso de Você.

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