O jeito é dizer com a cara o que não pôde dizer com palavras.
Ela te ama infeliz.
Melhor, ela te ama, INFELIZ!
Faz-se de besta?
Escuta o conselho de quem nem te conhece direito.
Não ponha à prova essa menina que ter quer tão bem.
Ela não vai adivinhar o que você deixou “não-escrito” nas entrelinhas.
Deixa tudo bem claro: que você também a quer.
Isso é o que penso.
Mas se você não escuta quem te quer bem e já disse isso com todas as letras.
Não vai ser a mim que você vai ouvir.
Se nem te conheço direito.
Vai saber...
Essa gente estranha que não mais se abraça
Que tem medo do outro
E tem medo de se sentir só.
Se são eles próprios que se afastam.
Tornaram a si mesmos intocáveis.
E sentem falta da pele, do cheiro, do calor.
Falta ou excesso de humanidade?
Querem domar os instintos.
E se “reificam” cada vez mais.
Querem fugir dos abismos.
Mas aumentam a distância entre si.
Onde foi parar toda aquela racionalidade!
Ignoram por ignorância.
Temem tanto a solidão,
E conseguem temer mais a si mesmos.
Vai saber...
Quem sabe alguém me escuta.
As beatas ou as putas.
E escutam o conselho de quem nem as conhece direito.
Ana Míria Carinhanha.
domingo, 8 de agosto de 2010
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Que intimidade com as palavras! Belo texto.
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