sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Candeeiro da saudade

Retrato do meu eu
Onde você se perdeu?
Agora além de sós
Estamos nus...

Sem moldura,
Sem brinquedo.
Sou eu e os meus medos
procurando religião.

Posso seguir-te?
Ajuda-me a me esconder.
Agora é noite e já faz frio.
E é escura a solidão.

A saudade ainda arde.
Queima incandescente.
Corrói os pilares da juventude,
Essa paixão inconsequente.

Muitas vozes nos corredores.
Na mente dos anciãos.
Relembrando o samba-enredo
Da última estação.

Ainda lembro aquele tempo
Em que via você dormir
Feito criança eu olhava
Com medo de você partir.

Acordei e era tarde.
Saiu para trabalhar.
Maldito sono covarde.
Ainda estou a te esperar...

Nas cirandas das lembranças
Começo a me atrapalhar
Entre os sonhos e as esperanças
De um dia você voltar...

Quando enfim morrendo de medo
Já não há tantos segredos
Não preciso me esconder
Só preciso de você.

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