sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Que dia!!!!


Quanto custa praticar o inglês enferrujado com um gringo?

- BRIGUE COMIGO EM PORTUGUÊS!!!!!

Foi o grito que Kelly me deu. Quebrou a crosta de gelo que se formara num espaço de tempo curtíssimo entre o Wet´n Wild e algum outro lugar na paralela. Não contive o riso. Mas a embriaguez não permitiu que me deslocasse por muito tempo.

Depois de tantos "fuck you" não entendo como não nos agredimos ali mesmo dentro do carro. A gringa deu trabalho! Muito trabalho! MUITO TRABALHO!

Já tinha me arrependido de tê-la convidado para a formatura de um amigo. Eu e minhas inconsequências. Como convidar alguém que não se conhece para uma comemoração íntima e tão importante? Foi o que mais ouvi no dia seguinte. Mas não achei mesmo que tivesse problema. Pelo menos até o momento em que a convidei.

Quando estacionamos o carro achei que o problema havia ceifado. Pedi dez minutos para me reestabelecer do stress mas o meu estado de sub/in/trans- consciência não esperou os dez minutos para me colocar em sono profundo. This is my falt. Sim, era um pesadelo.

Acordei assustada com um pedido de mudança de cama e assim o fiz. No outro quarto já dormia Carol e a gringa. Kelly e Nina, eu não sabia por onde andavam e não fiz muita questão de saber. Tombei no colchão qual uma fruta que cai da árvore, dei os quicks necessários para atingir a velocidade zero e ali fiquei até o amanhecer.

Fui a primeira a acordar. Melhor, a segunda. Carol saiu de madrugada, ia encontrar o namorado no aeroporto para uma viagem durante o feriadão. No quarto de Nina soube que a noite não acabara tão "tranquila" quanto pensei. A gringa tinha dado MUITO mais trabalho do que a minha pobre imaginação pudesse vislumbrar.

O dia iniciava com seu momento fofoca e à medida que ia me atualizando ia me arrependendo cada vez mais de ter feito aquele convite.

Ela (a gringa) tinha sérios problemas com regras. E acho que isso se intensificou aqui no Brasil, país que habitualmente é interpretado como a casa da mãe Joana pelos estrangeiros. (Falo a gringa não por preconceito, mas para os leitores não a identificarem. Não pelo nome pelo menos...)

Com pouco tempo de conversa Kelly acorda e é seduzida pelo canto da sereia (barulho de fofoca) e se junta a nós. Os detalhes aumentam, a indignação também. Após exclamações, reclamações, críticas e discussões, Nina diz:
- A melhor hora foi quando Kelly gritou: BRIGUE COMIGO EM PORTUGUÊS!!!!

Aí sim nos permitimos a risada. Acordamos até a gringa. Forçamo-la a tomar um banho e enquanto isso arquitetávamos a sua "devolução" para o seu anfitrião oficial. Outra aventura. Mas essa merece um novo texto.

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