sábado, 2 de julho de 2011

Com toda deferência à diferença

Alô, alô, alô...
Testando

Um dia eu quis um mundo
Tão confuso quanto eu
Com seres iguais a mim
Sem saber se definir

Amorfos e sem juízo
Rizomas enternecidos...

Sou um cronópio incompreendido
Uma criança travessa
A esperança sempre reencontrada
Mesmo na infância perdida

Acredito nos seres
Mas não duvido das coisas

Sonho muito
A perder de vista
E espero que um dia eles invistam
Também nas coisas sem sentido

São os sentimentos
Não precisam de explicação

Para quê: rádio, internet, tv,
Se se sente sempre sozinho?
A comunicação é mais imaterial do que se pensa.
E se materializa para além dos nossos pensamentos.

Nos quartos, salas, paredões,
Nos instrumentos, nos duetos, nas canções.

...Seres que se comunicassem como ninguém,
Que buscassem a todos,
E que quando os alcançassem
Voltassem aos poucos até ter consciência de si.

De si em si,
De si no mundo.

Cronópios incompreendidos,
Crianças travessas,
Esperanças sempre reencontradas,
Sonhando a perder de vista.

Não precisarão ser compreendidos
Serão sentidos.

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