terça-feira, 19 de julho de 2011

O ioiô que sentia.

O ioiô que você lançou sem força
Ainda gira só para te agradar.
Tão empenhado com as cores,
Tece os caleidoscópios mais belos
Nas manhãs mais chuvosas.

Ele gosta de te ver feliz,
Saltitando sem maiores motivos,
Cortando o vento como uma flecha no ar,
Que arremete livre,
E leva consigo os segredos do arco.

Mas não pule tão alto
Que o vento te leva.
Tão leve!
Qual o som das risadas
Gastas sem meios pudores.

E é tão leve o seu pouso
Que dá vontade de aprender a voar.
Lançar ioiôs com a mesma doçura, sem pressa.
Vendo as cores se misturarem,
Refletindo os olharem que passeiam.

Não sei quais são os segredos,
Se é o brilho no olhar,
O reflexo das cores,
Ou os pingos da chuva.
Mas o ioiô continua a girar...

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