Desfazia-se entre abraços, beijos,
E qualquer outra carícia.
Todos queriam ver sua boca se enlarguescendo num sorriso tímido,
E a maçã do rosto levantando os olhos que se encolhiam.
Miravam o chão tentando se esconder,
Mas não adiantava.
Todos sabiam que aquela dureza era uma farsa
E se desmanchava a qualquer afago.
Teimosas, suas sobrancelhas voltavam a se arquear,
Simulando um não acontecimento.
Adorava se enganar.
Deixava o medo sufocar-lhe.
Mas a qualquer toque que se aproximava,
A maçã se animava, sapeca.
Empurrava a tensão para fora do rosto
E apertava os olhinhos enternecidos.
terça-feira, 5 de julho de 2011
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